Inspiração. Em uma palavra foi isso que representou a Flist pra mim, uma carioca de 35 anos, jornalista por formação, profissional de marketing por 15 anos e há 5 meses, por livre espontânea vontade e com apoio do marido, mãe em tempo integral. O nosso melhor sempre vem à tona quando fazemos as melhores escolhas, nos cercamos do melhor "cenário" e, de repente, encontramos o que procurávamos: em nós ou nos outros. A Flist foi isso: um encontro comigo, com outros que nem conhecia, um encontro com a cultura, com a arte, com a vida em "boa forma", cheia de vigor e disposição. Sim, acreditem, só vi gente de bom humor, feliz por estar ali e lidando da melhor maneira possível com os imprevistos que sempre acontecem numa iniciativa deste porte. O que era pra ser, por exemplo, uma Oficina de Arte com 3 ilustradores famosos - Roger Mello, Graça Lima e Mariana Massarani - pela quantidade espantosa de público infantil e adulto, transformou-se rapidamente e sem estresse num gostoso, divertido e livre bate-papo com 4 e não 3 grandes ilustradores, pois também contamos com a participação do Ivan Zigg. Pra quem sempre adorou as palavras, a Festa Literária de Santa Teresa também foi um encontro com a força da imagem, das pessoas, do cenário. Mesmo muito gripada, com incentivo da minha cunhada e amiga Patrícia Lavatori, fui conferir com parte da família o "clima" da Flist. Foi a melhor escolha do dia. Ao descer do taxi, diante da Livraria Largo das Letras, me senti reportada pra outra cidade. Um bonde cruzou o nosso caminho e na mesma hora o apresentei eufórica a minha filha Helena de 5 anos que, até então, o desconhecia. O bairro efervescia - uma mistura de locais e "estrangeiros" pacífica, colorida e de ótimo astral. A cada lance de degraus que subíamos em direção a Livraria, víamos várias barraquinhas de comida, de livros, de artesanato. Entre centenas de pessoas, a Ana, dona da Livraria, avistou a Patrícia com seu filho Diogo no colo, meus sogros Helena e Nilton Corrêa, eu e minha filha. Nós estávamos ali pelo incentivo da Patrícia, esta pelo incentivo da Ana. É a onda de boas energias - às vezes desconhecidas - que nos leva onde precisamos ir. Lá fomos nós, conduzidos para a próxima atividade: o encontro com os ilustradores. Como já dito, sob uma tenda azulzinha, Roger, Graça, Mariana e Zigg, deixaram todos à vontade. E, junto com as crianças, conduziram uma troca de idéias, experiências e histórias que me inspiraram. Entre tantas coisas boas que foram ditas, ilustradas, houve um momento em particular que, na hora, me surpreendeu e soltei: "Isso dava uma excelente história!". Percebi, na Flist, que as boas histórias podem estar em todos os lugares. É preciso estar aberto pra ouvi-las e, quem sabe, tentar reproduzi-las do seu jeito. Fui a Flist encontrar inspiração. E achei. Isso foi a Flist pra mim. Adorei ter ido, ainda que por pouco tempo.
Um beijo, Rachel Facó.
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